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ENTREVISTA / SHEILA MEIRELLES

"RESPEITAR, OUVIR E

SE COMPROMETER"

"RESPEITAR, OUVIR E SE COMPROMETER"

Sheila Meirelles, Presidente do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), foto por Vitor Severo, Caroba Produções
A bagagem acumulada por Sheila Meirelles desde os 12 anos de idade, quando começou a trabalhar, tem senso de responsabilidade e comprometimento como itens indispensáveis. Aprender a ouvir e respeitar posicionamentos divergentes são outras lições cruciais assimiladas pela catarinense de Tubarão especializada em direito público.
 
Depois da trajetória iniciada na assessoria de magistrados e no auxílio a projetos de lei e emendas constitucionais de deputados, Sheila caminhou pela área jurídica ambiental até chegar, em 2023, ao posto de presidente do IMA (Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina).
 
“Além do conhecimento adquirido por meio de estudos e experiências profissionais, temos que desenvolver nosso lado mais humano, procurar entender mais sobre gestão, como lidar com desafios, como se comportar diante de situações de estresse e pressão”, defende a gestora, que também ocupou por cinco meses a posição de secretária de Estado do Meio Ambiente e Economia Verde de SC.

Entrevistor: rodrigo coutinho, ceo da editora expressão

Que fatores a senhora destacaria como essenciais para ter se tornado uma liderança de sucesso no instituto?

Quando comecei a trabalhar no IMA, passei a conversar muito com as pessoas. Trabalhava no setor jurídico, lidava muito com a equipe técnica, com todos os tipos de servidores, com as coordenadorias regionais. O fato de conseguir ter essa comunicação, entender essas demandas do órgão, esse conhecimento prévio do que estava por vir ajudou bastante.

Mesmo assumindo a presidência, continuo sendo a mesma pessoa, sempre deixando abertas as portas do meu gabinete para os servidores me procurarem. A disciplina, o diálogo, a transparência e o respeito pelo trabalho do outro também são características que me ajudaram nessa trajetória.

A senhora tem vasta experiência na área pública, em função da formação e da especialização em Direito. De que forma essa expertise contribuiu para sua carreira e para que se tornasse uma líder de referência?

Eu trabalho desde os 12 anos. Isso acabou ajudando muito a criar senso de responsabilidade, comprometimento, aprender a ouvir as pessoas e respeitar a opinião alheia. Quando assumi pela primeira vez o primeiro cargo em um órgão público, consegui verificar e utilizar várias coisas que aprendi desde aquela época dos 12 anos. Uma das coisas que acredito que possa ter ajudado é a questão do respeito ao posicionamento divergente, a ouvir efetivamente o que as pessoas estão falando, me comprometer com aquilo que está sendo feito e fazer bem aquilo que precisa ser feito, independentemente das condições dadas.

Acredito que, além do conhecimento adquirido por meio dos estudos e experiências profissionais, temos que desenvolver nosso lado mais humano, buscar aprender com os colaboradores da nossa equipe, procurar entender mais sobre gestão, como lidar com desafios, como se comportar diante de situações de estresse e pressão. Tudo isso eu busco aprender para evoluir constantemente e ser uma liderança, uma referência para aqueles que trabalham comigo e me ajudam diariamente.

Que dicas a senhora daria para quem está começando na carreira e sonha em um dia se tornar um líder?

A dica que dou é que as pessoas jamais deixem de estudar. Quando falo de estudar, não estou falando de matérias do trabalho em si. Tem que estudar de modo geral. No momento em que estou como gestora, meu conhecimento de Direito não é suficiente para desenvolvimento do trabalho e para lidar com uma equipe tão grande quanto a do Instituto do Meio Ambiente. O fato de estar em busca de novos conhecimentos na área de gestão de pessoas, de gestão pública, ambiental, do direito, é uma constante. A gente está em constante aprendizado. Se a pessoa olha para você e diz que já sabe tudo sobre determinado assunto, ela na verdade não sabe nada.

Quem são suas principais inspirações no âmbito profissional e por quê?

Eu me inspiro muito na minha base familiar, meu pai, minha mãe e meu esposo. Os três são servidores públicos, e a forma como lidam com as pessoas, como veem o trabalho, como são apaixonados pelo que fazem, eles me inspiram diariamente. A minha mãe acabou de se aposentar, e o meu pai está com 62 anos, mais de 30 anos como policial, e ele não pensa em se aposentar. O meu marido está trabalhando incansavelmente para conseguir chegar à posição que deseja.

A integridade, a ética, a dedicação e cada desafio superado por eles em prol do trabalho pelo bem comum são valores que admiro e que tenho como referência na minha vida.

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