Em 2010, a FIESC lançou o Plano de Sustentabilidade para a Competitividade da Indústria Catarinense, reforçando a visão de que a implantação de sistemas eficientes de gestão, que estimulem a responsabilidade social, o uso sustentável dos recursos naturais e a incorporação de conceitos e diretrizes ambientais, sociais e de governança (ESG), é premissa essencial para gerar o crescimento, o desenvolvimento e o aumento da competitividade do setor industrial.
Essa premissa permeia os posicionamentos e as ações da federação, além de uma grande gama de serviços que a FIESC e suas entidades oferecem.
Na área institucional, temos o desafio de defender o setor, que, erroneamente, tem uma percepção negativa na área socioambiental por parcela da população. Nesse sentido, destacamos a Agenda da Água, que objetiva contribuir para uma política de Estado para nossos recursos hídricos; o Monitora FIESC, que desde 2014 acompanha as obras de saneamento e de mitigação e contenção dos efeitos dasEnchentes; e a Bolsa de Resíduos – BRFIESC, uma alternativa para a destinação adequada dos resíduos industriais.
O SENAI, por sua vez, por intermédio do Instituto de Tecnologia Ambiental, oferece consultorias na área de metrologia (águas, resíduos e emissões) e eficiência de processos. Também monitora a qualidade da água do Rio Itajaí e atua intensamente na descarbonização – um grande desafio mundial contemporâneo.
Já o SESI atua na área de educação, promoção da saúde e segurança e qualidade de vida, sendo também referência nacional em projetos relacionados à responsabilidade social.
A indústria catarinense, historicamente, está comprometida com a sustentabilidade, adotando práticas contínuas na eficiência dos processos, atendendo às demandas de mercado, em consonância com os princípios ESG de gestão. Tudo isso se reflete no crescimento da produção industrial catarinense em 6,4% de janeiro a maio de 2024 em comparação com os cinco primeiros meses do ano anterior, superior à média nacional, que foi de 2,5% no período. Considerando apenas o mês de maio, o avanço da produção industrial catarinense foi de 5,8%, contra recuo de 1% da média brasileira (IBC).
Além do mercado doméstico, chamamos a atenção para a ampla inserção no mercado internacional, exigente em relação às práticas de sustentabilidade, como a América do Norte e a União Europeia. Importante destacar que o setor teve participação significativa para que em 2023 o estado apresentasse uma corrente de comércio de US$ 40 bilhões (MDIC).
Esses são atributos que devem ser preservados, pois a indústria tem papel fundamental na geração de renda, emprego, tributos e circulação da economia catarinense. Para isso, tanto em âmbito federal quanto estadual, é necessário que se estabeleça uma política industrial vigorosa, que estimule as práticas de sustentabilidade e aumente a competitividade e o protagonismo do setor. Afinal, indústria forte é sinônimo de desenvolvimento.