Além das ações socioambientais dentro da indústria em Tijucas (SC), Portobello inova com projeto premiado de logística reversa para circularidade de embalagens
Reutilizar a água, reduzir a energia consumida, destinar os resíduos industriais de forma adequada e promover a diversidade e a inclusão dos colaboradores são apenas uma pequena amostra do repertório da agenda ESG da maior empresa de cerâmica do Brasil. O compromisso socioambiental do Portobello Grupo não para por aí – e se mantém mesmo depois que os produtos deixam os portões da fábrica e chegam ao consumidor final. É por isso que também houve a implantação de um programa de logística reversa, viabilizando a circularidade de suas embalagens.
“Vou trazer uma embalagem de porcelanato de um cliente que está em Campinas (SP) para Tijucas (SC)? Parece não fazer sentido do ponto de vista econômico e ambiental. Mas por que não encontrar um parceiro próximo do centro de distribuição e levar essa embalagem a uma distância que faça sentido?”, diz Luciano Alves Abrantes, CEO da Unidade de Negócios Portobello, ao relembrar uma das saídas encontradas ao “pensar fora da caixa”, destravando resistências a gastos com medidas associadas ao ESG. “Essa é a beleza de colocar juntas pessoas que têm experiências distintas para buscar uma mesma solução.”
Responsável pela produção em Tijucas, berço da Portobello e maior unidade industrial do grupo, com 2.500 colaboradores e canais de revenda, engenharia e exportação para 65 países, o executivo ressalta que essa preocupação está incutida, muito antes de virar moda, na visão da empresa de quatro décadas e meia de história. “Já está no nosso DNA. Não é da semana passada ou algo que criei na minha gestão. Tem muito tempo.”
de m² de revestimentos cerâmicos produzidos por mês
países atendidos por meio de exportação
colaboradores na unidade de Tijucas
A unidade Portobello em Tijucas produz mensalmente 2,5 milhões de m² de revestimentos cerâmicos e atende os canais de vendas e as unidades Portobello Shop e Portobello America. A maior parte de seus colaboradores (aproximadamente 1.800) está na indústria. Entre as diretrizes na formação do quadro de liderança da empresa está o critério da diversidade.
Para além dos muros da fábrica, um dos diferenciais ligados ao movimento ESG envolveu a implantação de um programa de logística reversa, vencedor do Prêmio Expressão de Ecologia, produzido pela Editora Expressão (trata-se do quarto troféu Onda Verde recebido pela Portobello, uma das campeãs ambientais da premiação mais longeva do Brasil nesse segmento). O projeto de Circularidade de Resíduos buscou integrar os materiais gerados a partir da saída dos produtos industriais, propondo políticas e mudanças a fim de reduzir a geração de resíduos, assim como sua reinserção na economia. Depois de um teste piloto com embalagens em São Paulo, transcendeu para outras unidades em Santa Catarina e no Paraná. De janeiro a setembro de 2023, atingiu mais de 630 toneladas de madeira e 31 toneladas de metal, com retorno de quase um terço das embalagens enviadas via canal de vendas Portobello Shop.
A ideia de mensurar os impactos das medidas ESG, em vez de tratá-las como simples despesas, persiste mesmo diante da sazonalidade no mercado de cerâmica e de materiais de construção, que enfrenta “um momento duro”, nas palavras de Luciano. “À medida que os juros começam a baixar, tende a melhorar”, avalia. Independentemente desse cenário, a unidade de Tijucas apresenta crescimento em 2024 em todos os canais na comparação com 2023.
Com os pilares de inovação, design, produto e multicanalidade (mercado externo, engenharia para atender grandes obras e multimarcas para servir os home centers, além do segmento exclusivo para a Portobello Shop), a Portobello destaca-se pela resiliência acima da média. “Temos um plano de internacionalização bastante robusto, exportamos para 65 países, da Argentina à Nova Zelândia, passando por Oriente Médio, África do Sul, Europa. É um canal realmente global”, exalta o CEO.
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