EMPRESA / EPAGRI

um investimento

que vale por dez

um investimento que vale por dez

Fotos: Ricardo Trida / Secom

Epagri bate recorde de investimentos em pesquisa agropecuária, tenta conter danos de extremos climáticos e, a cada R$ 1 que recebe, retorna R$ 9,62 à sociedade

Cada vez mais constantes, os eventos climáticos extremos provocam perdas bilionárias para a agricultura. A mitigação desses danos é um dos temas que dependem de estudos e ações práticas, assim como as novas tecnologias de manejo das culturas e do solo. Não é à toa a decisão de apostar no trabalho da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina), que tem batido recorde de investimentos.

Se em 2023 foram destinados R$ 16,4 milhões para a pesquisa agropecuária, neste ano a quantia alcança R$ 24 milhões. A injeção de recursos é influenciada por uma constatação expressa no balanço social da Epagri. No último ano, a cada R$ 1 destinado pelo governo catarinense para a empresa pública, a sociedade recebeu de volta R$ 9,62.

“Promovemos ações que visam produtividade das culturas, aumento da capacidade produtiva, mas, da mesma forma, a redução dos danos ambientais causados pelo excesso de manejo do solo, que acarreta erosão hídrica, perda de água, nutrientes e pesticidas”, explica Dirceu Leite, presidente da instituição.

Com 1.608 colaboradores e R$ 450 milhões de orçamento anual, a Epagri foi criada nos moldes atuais em 1991, unindo os trabalhos de pesquisa e extensão rural e pesqueira, somando décadas de experiência. Faz parte de sua missão levar conhecimento ao campo. Além de 415 projetos de pesquisa em andamento e mais de 27 tecnologias novas implementadas, a empresa acompanhou em seus trabalhos mais de 130 mil famílias no último ano.

Dirceu exalta a posição de Santa Catarina como um estado que tem 1,1% do território nacional, mas é o sexto maior produtor de alimentos do país. O valor da produção agropecuária catarinense em 2023 ultrapassou a marca de R$ 64 bilhões. Uma produtividade permitida pela pesquisa agropecuária, que possibilita maior resistência às doenças e maior capacidade de resposta à adubação, por exemplo. As catástrofes climáticas, porém, são um desafio. No último ano, a estimativa de perdas devido às chuvas excessivas e enchentes chegou a R$ 3,2 bilhões. Em 2022 e 2021, R$ 1,7 bilhão e R$ 4,2 bilhões, respectivamente, de prejuízos com estiagem.

Essencial no combate às mudanças climáticas, o desenvolvimento sustentável e ambiental é tratado na empresa como transversal. “O produtor de grãos, o fruticultor e o pecuarista precisam ter noções básicas de conservação ambiental, saber que as ações vão ter impacto e precisam ser mitigadas”, afirma o presidente da Epagri, citando ainda ações para aumentos da capacidade dos reservatórios e redução da carga de sedimentos para os rios. “É preciso prever aumento de produtividade com sustentabilidade, porque são as mesmas terras que vão continuar produzindo esse alimento com robustez por muitos anos.”

 
R$ 0 MILHÕES

de orçamento anual

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de investimento em pesquisa agropecuária

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de retorno econômico à sociedade a cada R$ 1 recebido

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colaboradores

empresa premiada

O balanço social da Epagri que expôs os retornos econômicos dos investimentos em pesquisa faz parte de um mecanismo de transparência para prestar contas sobre os recursos da empresa catarinense. Esse princípio ajuda a explicar a posição da empresa como a maior vencedora da mais longeva premiação ambiental do país, produzida pela Editora Expressão.

A Epagri já conquistou 25 Troféus Onda Verde no Prêmio Expressão de Ecologia. Em 2024, duas ações foram agrupadas como vencedoras na categoria agropecuária: um projeto sobre a agricultura regenerativa e outro sobre terraceamento, levando à proteção do solo e armazenamento da água. “O prêmio mostra a importância de cultivar e conservar os solos. Vivemos um momento em que a pressão pela produção tem se sobressaído, mas a Epagri traz para a pauta temas importantes como a conservação e a sustentabilidade do solo. Essas ações permitem que o agricultor tenha potencial produtivo por longo tempo, sem causar assoreamento e contaminação de fontes e mananciais”, afirma Dirceu.

Investimentos do estado na Epagri têm retorno econômico vantajoso, segundo balanço social