Solução para prever catástrofe e atenuar dano ambiental passa por engenheiros, agrônomos e geocientistas, e CREA-SC mira inovação por desenvolvimento sustentável
O desenvolvimento de soluções para se antecipar aos impactos climáticos e para lidar com os danos de catástrofes ambientais passa pelas mãos de engenheiros, agrônomos e geocientistas, especialistas em áreas que exigem um profundo conhecimento técnico e que em Santa Catarina totalizam mais de 77 mil profissionais registrados para trabalhar. O desafio é atender às necessidades imediatas da sociedade e, ao mesmo tempo, apostar em alternativas para colher os frutos no futuro. Uma missão que não é simples, mas que pode ser bem-sucedida.
“Contamos com modelos matemáticos para as previsões climáticas que podem trazer resultados positivos. Com essas informações, é possível saber como atuar. É importante não apenas contar com conhecimento de geocientistas, mas também com uma engenharia robusta e uma agronomia forte para fornecer suporte técnico necessário e resolver problemas de forma eficaz. Ao considerar essas recorrências, podemos antecipar problemas e encontrar soluções para amenizar ou reduzir seus impactos”, explica Carlos Alberto Kita Xavier, presidente do Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) de Santa Catarina.
Líder no índice nacional de eficiência no Sistema Confea/Crea e Mútua, a entidade catarinense investe no desenvolvimento sustentável e na inovação. Conta com mais de 21 mil empresas registradas, alta de 3,7% em relação a 2023, e crescimento contínuo de adesões — a quantidade desses profissionais subiu 1,7% neste ano, e 65% dos habilitados residem no próprio estado.
profissionais habilitados para atuar em SC, 65% residentes no próprio estado
empresas registradas, alta de 3,7% em um ano
de aumento de ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica) no primeiro trimestre
papel desses engenheiros, agrônomos e geocientistas se mostra crucial diante dos alertas das mudanças climáticas e da difusão de cidades inteligentes ambientalmente sustentáveis. São eles que garantem um projeto responsável em construções que podem requerer a retirada de árvores (e que, por isso, precisam de compensação, replantio ou criação de novas áreas verdes).
“Embora a atividade possa causar algum impacto ambiental, é fundamental que seja gerida por profissionais qualificados, garantindo que os benefícios para a sociedade sejam maximizados enquanto os danos são minimizados e corrigidos”, afirma Kita Xavier. O conselho regional busca ainda quebrar conceitos equivocados. “Muitas vezes ouço que a construção civil é vista negativamente, como se estivesse prejudicando o meio ambiente. Ela tem o papel de construir, transformar e trazer bens úteis para a sociedade. Para construir uma rodovia, é necessário obter licenciamento ambiental e realizar estudos criteriosos. Esses processos são fundamentais para garantir que as obras sejam sustentáveis e benéficas.”
O aumento de quase 8% nas análises de ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica) no primeiro trimestre indica um aquecimento do mercado dos profissionais ligados ao Crea-SC. O conselho foca a capacitação e qualificação profissional e dispõe de uma universidade corporativa com mais de 130 cursos gratuitos. Adota a inovação como bandeira de profissões que têm uma longa história.
“Sem a engenharia e as profissões associadas ao nosso sistema, muitas das inovações e tecnologias que conhecemos não seriam possíveis. Elas são uma parte vital do futuro, essenciais para o desenvolvimento sustentável”, diz Kita Xavier. É por isso também que muitos desses profissionais estão entre os autores de projetos vencedores do Prêmio Expressão de Ecologia, produzido pela Editora Expressão, a premiação mais tradicional e longeva do Brasil na área ambiental. “O reconhecimento desse prêmio é extremamente significativo. Ele destaca e valoriza as pessoas e empresas que estão ativamente desenvolvendo um trabalho ambiental sustentável, com uma visão voltada para as gerações que virão. Reconhece não apenas as ações positivas, mas o compromisso contínuo com o meio ambiente.”
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