Quem imaginaria que a empresa montada em um móvel acanhado de 250 m², em uma esquina da zona norte de São Paulo, poderia se tornar uma gigante com sede quase 500 vezes maior, unidades de negócios espalhadas pelo Brasil e um faturamento na casa dos R$ 2 bilhões? Quem imaginaria que a iniciativa de três irmãos descendentes de italianos, de origem humilde e vida marcada por dificuldades, poderia se transformar em um grupo robusto, com gestores profissionalizados e conselheiros independentes, depois de um maduro processo de sucessão empresarial familiar?
Nem a família Bassi imaginava – talvez só um de seus colaboradores, responsável por escrever em um pedaço de guardanapo as sete letras que deram nome à empresa. A trajetória da Açotubo mostra como esse caminho foi lapidado a cada passo ao longo de seus 50 anos. A história inspiradora e os planos futuros da líder em distribuição de aço na América Latina, com sede em Guarulhos (Grande São Paulo), são contados em “Mezzo Secolo – Da fundação a uma família empreendedora”, lançado em fevereiro de 2024. Trata- se de mais um legado da Editora Expressão, dona do maior portfólio do país em livros empresariais e comemorativos, com publicações para entidades como Fiesc, Facisc e Ocesc, além de grandes empresas como Buddemeyer, Cia Hering e Eliane.
Fundado por Luiz, Ribamar e Wilson Bassi, o Grupo Açotubo completou meio século de vida após anos recentes de um impressionante crescimento, que também impulsionaram projetos de internacionalização. Com quase mil colaboradores, a empresa praticamente triplicou seu faturamento no período de quatro anos: saiu do patamar de R$ 750 milhões em 2018 para R$ 2,2 bilhões em 2022, depois de aproveitar as peculiaridades e oportunidades dos negócios do aço durante a pandemia da Covid-19. No ano passado, mesmo diante da concorrência dos asiáticos, com obstáculos ao mercado brasileiro, conseguiu novamente atingir R$ 2 bilhões.
A Açotubo foi fundada em 1974 como uma revendedora de aço, mas, ao longo das décadas, expandiu-se, abriu unidades de atendimento, incorporou novos negócios, apostou em parcerias estratégicas e no segmento industrial. Só nos últimos cinco anos totalizou R$ 204 milhões em investimentos, principalmente nas áreas de tecnologia e logística e no parque fabril. Hoje em dia a companhia atua com seis linhas de negócio: Barras de Aço Carbono, Tubos de Aço Carbono, Conexões e Flanges, Aços Inoxidáveis, Soluções Integradas e Incotep – Sistemas de Ancoragem.
O grupo mantém parcerias estratégicas com outras gigantes do mundo siderúrgico, como Aperam, Gerdau, Tenaris, ArcelorMittal e Vallourec, com quem fez uma joint venture em 2021 para a criação de uma nova empresa, a VTI (Vallourec Tubos para Indústria). Em 2023, a Açotubo assinou a intenção de compra da parceira SPG, com unidades na Colômbia e no Peru. Além do aço e do tubo, seus fundadores diversificaram suas atividades com duas empresas nos segmentos imobiliário e financeiro, a Trialle Incorporação e Construção e a Tirreno Finanças e Negócios.
de faturamento em 2023
de crescimento do faturamento entre 2018 e 2022
toneladas comercializadas em 2023
Quem está no comando do Grupo Açotubo desde dezembro de 2020 é a segunda geração da família ítalo-brasileira. O CEO Bruno Bassi começou na empresa há mais de duas décadas e, antes de chegar ao topo da carreira executiva, passou pelos mais diversos segmentos. É irmão da acionista Caroline, que acompanha os trabalhos à distância, fora da organização. Também atuam na companhia Larissa Bassi, business partner, Nathalia Bassi, coordenadora de governança e responsabilidade social, e Vinicius Bassi, gerente executivo de marketing.
O CEO exalta a importância de mirar os próximos 50 anos com os valores da primeira geração, olhando para dentro e para fora da empresa. “O viés da família Bassi de retribuir suas conquistas para a sociedade se alinhou aos princípios ESG, com ações sociais, de sustentabilidade e governança. Encaramos a profissionalização e a tecnologia como guias para o futuro. O sangue empreendedor de Luiz, Ribamar e Wilson nos trouxe até aqui. E, desde 1974, seguimos sempre querendo avançar, com a ideia de que não há nada bom que não possa ficar ainda melhor”, diz Bruno Bassi.
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