fbpx

CULTURA CATARINENSE

santa catarina, berço da

colonização italiana no brasil

santa catarina, berço da colonização italiana no brasil

Lançamento reuniu autoridades e a população de Nova Veneza no Teatro Municipal - Foto: Júlia Caroba

Livro bilíngue destaca a forte ligação do estado com a cultura e as tradições trazidas pelos imigrantes. Hoje, 30% da população do estado é composta por descendentes de italianos

Um belo evento na simbólica Nova Veneza – a cidade mais italiana do Brasil, com 95% de descendentes – marcou o lançamento de uma importante obra da Editora Expressão: Santa Catarina, Berço da Colonização Italiana no Brasil. Trata-se de um resgaste histórico do pioneirismo catarinense ao receber a primeira colônia formada por imigrantes vindos da Itália, em 1836, numa área hoje pertencente ao município de São João Batista, na Grande Florianópolis. Ali surgiu a colônia Nova Itália. Oficialmente, no entanto, o status de “berço” da colonização italiana no Brasil foi concedido ao município de Santa Teresa, no Espírito Santo, por meio da Lei Federal nº 13.617, assinada em 2018 pelo presidente Michel Temer, embora a iniciativa capixaba tenha surgido 38 anos depois da catarinense. “Se Santa Catarina desfruta hoje de um nível de desenvolvimento e de qualidade de vida acima da média, não podemos deixar de lembrar e de exaltar a coragem dos pioneiros para enfrentar e superar desafios. Esses são os objetivos centrais desta obra que celebra a colonização italiana no Brasil”, destaca Rodrigo Coutinho, presidente da Editora Expressão. “É mais um livro do nosso portfólio que reforça o compromisso de divulgar a cultura catarinense.” Especializada na produção de livros históricos e comemorativos, a editora transforma em legado a trajetória de empresas, entidades e organizações, além de abordar temas históricos e culturais, a exemplo de A Herança Alemã de Santa Catarina e Floripa 350 Anos, que celebrou o aniversário da capital catarinense em 2023. A editora nasceu, em 1990, para publicar a Revista Expressão, que marcou época como veículo de economia voltado à região sul do país, retomada em 2024 com o nome Revista Líderes de Expressão, para reconhecer as grandes lideranças empresariais catarinenses.

O autor, Maurício Oliveira, com o diretor da Editora Expressão, Rodrigo Coutinho: valorização da cultura catarinense
O autor, Maurício Oliveira, autografando exemplares do livro no lançamento.

FORTE LIGAÇÃO

Realizado em 15 de março no Teatro Municipal de Nova Veneza, o lançamento do livro sobre a colonização italiana contou com o apoio da Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo local. O encantador município do Sul catarinense preserva brilhantemente a cultura e as tradições dos antepassados – tem até uma gôndola, Lucille, presenteada pelo governo italiano, que pode ser visitada pelo público. Bilíngue, em português e italiano, a obra teve o patrocínio do Bistek (empresa nascida em Nova Veneza), por meio do Programa de Incentivo à Cultura (PIC/FCC). O evento reuniu a população e autoridades locais como o vice-prefeito, Elzio José Milanez, a secretária de Cultura, Carolina Ghislandi, e seis dos nove vereadores do município, incluindo o presidente da Câmara de Vereadores, Elton Nuernberg. Aroldo Frigo Junior, que também é correspondente Consular Honorário em Nova Veneza, representou a Cônsul Geral da Itália, Eugênia Tiziana Berti. Além das autoridades, o diretor do Bistek, Sanciro Ghislandi, prestigiou a cerimônia representando a empresa patrocinadora do projeto. Durante o evento, os convidados ressaltaram a importância do livro por corrigir um erro histórico, resgatar a trajetória da colonização italiana em terras catarinenses e destacar os desafios que os pioneiros enfrentaram na nova vida. “A ideia foi produzir um registro panorâmico da forte ligação de Santa Catarina com a Itália”, diz o jornalista e escritor Maurício Oliveira, que coordenou o projeto e produziu o texto final. “Estima-se que pelo menos 30% dos catarinenses tenham ascendência italiana. Além disso, foi em Santa Catarina que Giuseppe Garibaldi, o herói da Unificação Italiana, conheceu sua amada Anita, e foi também aqui que Madre Paulina, nascida na Itália, iniciou o trabalho que a levaria a ser reconhecida como a primeira santa brasileira.”

×